sexta-feira, 12 de maio de 2017

O DIA EM QUE A JARARACA ENGOLIU O CARCARÁ

Moro, o Juiz-Celebridade, diante de Lula, o operário presidente... data histórica, dia épico foi esse 10 de maio de 2017. Moro, o Carcará da republica de Curitiba, ave majestosa de rapina e, nesse caso, magistrada. Como dizia a canção: “Pega mata e come!”, se defrontou com ele, Lula, autointitulado Jararaca. O operário-presidente, com seu parco curso fundamental acrescido de um curso de torneiro mecânico. Uma verdadeira batalha de Golias contra Davi. 

Numa “desnatureza” caetaneanamente falando, Lula engoliu Moro. Uma vez que as jararacas fazem parte do cardápio dos carcarás, nos causa estranheza vê-la engolir tão preparada ave de rapina.

Lula seguro, passou por quase cinco horas de interrogatório, com perguntas repetitivas que buscavam fazê-lo entrar em contradição. Perguntas quase nadajurídicas e mais políticas que qualquer coisa. 


Moro mostrou um documento apócrifo de proposta de compra do famigerado triplex, ouviu que se não é assinado, não é prova! Às vezes o obvio não é tão obvio. Lula questionou os métodos utilizados por Moro comovazamentos de conversas, sua condução coercitiva truculenta e espetaculosa com Globocop e tudo. Questionou os métodos de um juiz midiático. Estrela global de toga.

Indagado se sabia da corrupção da Petrobras, Lula disse não saber, assim como “ Nem o Moro, nem o MP, nem a Petrobras, nem a imprensa. Nem a Polícia Federal. Todos ficaram sabendo quando foram divulgados os ‘grampos’ do Youssef”. Indignado, Moro alegou que não deveria saber de nada pois não lhe caberia saber sobre o tema. Lula, com um pequeno sorriso no rosto,  então disse: “Foi o Sr. (Moro) quem soltou Yossef e mandou grampear. Deveria saber mais que eu”. A gargalhada vem na hora pra quem assiste o vídeo. Talvez o ponto alto do interrogatório.

Em outro momento ele diz: “Doutor, apresente as provas!”. Moro patinou. Muito andou e pouco saiu do lugar.


Nunca vi rastro de cobra, nem couro de lobisomem. Muito menos carcará ser jantado por jararaca. Vivendo e aprendendo como diz o ditado popular.

A retórica de Lula, sua capacidade de argumentação, de convencimento, sua astúcia intuitiva aliada a um sarcasmo moderado fizeram o juiz parecer um menino diante de um gigante. Invertendo a lógica natural das coisas. Ou, melhor, subvertendo a ordem natural das coisas. 

Sem provas, não há crime, senhor juiz. Não pode haver condenação baseada em ilações. Em especulações vazias ou porque os poderosos do país assim querem. Somente os fatos, as provas e o rigor da lei. Expressos nos autos. Em verdade, com verdade e através da verdade!


ELES NÃO TEM PROVAS! É fato! Jamais perderiam a oportunidade de colocar o torneiro mecânico na cadeia, a jararaca na gaiola. O nordestino em seu lugar.

Lula foi chamado para um circo. Um show de horrores. Não se fez de rogado. Chamou seu público, montou um palco, fez seu espetáculo e saiu ovacionado. O Silvio Santos dos políticos superou, em muito a audiência do juiz midiático. Foi de 7x1, como na Copa no jogo Brasil x Alemanha. Ganhou de lavada. Deu um “sacode”. Um “couro baiano”, nesse caso, “pernambucano”. KKKKKKKKKKKK.

Moro nada entendeu. Lula, antropofagicamente, o degustou, o ingeriu, comeu...

Jararaca! Pega, mata e come!

 


RAFAEL GALVÃO

Cidadão, homem do povo.

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário