quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Sobre o Aterro Sanitário do DF

Publiquei no dia 18/01/2017 texto no Facebook (página pessoal) elogiando o atual governo pela implementação do 1º aterro sanitário do Distrito Federal, copio o texto à baixo para o registro, porém, em debate com a companheira Cristiane Santos alguns pontos foram melhores esclarecidos e faço minha errata, retificando o elogio. Buscando mais informações descubro que o acordo de implementação do aterro, consolidado durante o Governo Agnelo e discutido intensamente nos governos anteriores pelos movimentos sociais e sindical envolvidos, formaliza os catadores e a absorção deles no plano de trabalho e implementação do aterro, o atual governo Rollemberg está desativando o lixão sem os centros de triagem e sem os galpões, caracterizando duas grandes inquietações que descrevo: a primeira e mais importante são as famílias que se organizam entorno do lixão, mesmo em condições subsistentes e desumanas retiram daí sua única fonte de renda e alimento, se o governo não olha pra isso não tem pra que existir governo, pois o número de moradores de rua, mortes e miséria aumentarão absurdamente. Segundo ponto é, sem a implementação e absorção dos catadores fica caracterizado um acordo empresarial de pura implementação comercial e o Ministério Público precisa analisar com perícia cada um dos atos administrativos referentes a construção da área. Deixo aqui meu registro e minha correção.

 "Acho que devemos parabenizar o Governo Rodrigo Rollemberg pelo seu segundo ato positivo para a nossa cidade, dar continuidade e finalizar a obra do aterro sanitário é sim uma conquista e um grande avanço. Discussões iniciadas ainda no Governo Joaquim Roriz, aberto processo de licitação durante o Governo Arruda, obras iniciadas debaixo de todas as contradições empresariais durante o Governo Agnelo e agora Rodrigo Rollemberg terá condições de finalizar. Falo aqui de mais de 14 anos ao menos de debate e tentativas de execução deste projeto, luta secular dos trabalhadores da coleta de lixo, luta dos movimentos sociais envolvidos com a agenda do meio ambiente, luta dos catadores, benefício para o Distrito Federal. Nem só de desarranjos e desacertos vive o atual governo, parabéns por este momento!"

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Nota de repudio ao governo de São Paulo e apoio a Guilherme Boulos



NDD - Núcleo em Defesa da Democracia



Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

Fragmento do poema de Eduardo Alves da Costa
“No caminho com Maiakóvski”


A democracia brasileira sofre mais um ataque da nova direita autoritária. A prisão arbitrária e injustificável do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, pela truculenta polícia militar do Governo Alckmin, representa a intolerância dos interesses das elites e do novo conservadorismo no seu enfrentamento com as lutas democráticas e populares.

O impeachment de Dilma foi um golpe em um governo legitimado pela vontade do povo brasileiro. O objetivo sempre foi barrar os avanços sociais conquistados na Constituição de 88. Os governos populares do PT iniciaram a inclusão social e adotaram políticas ousadas para ampliação dos direitos sociais. Os setores mais conservadores da sociedade brasileira nunca engoliram a ampliação dos direitos de cidadania.

 Inconformados, agora tentam desmontar todas as políticas sociais e incriminar os movimentos sociais. As profundas desigualdades sociais existentes sempre foi terreno fértil para florescer as lutas históricas pelos direitos básicos de cidadania. Só em regimes autoritários é que se faz uso de estratégias de repressão e criminalização dos movimentos sociais.

A prisão ilegal do líder Guilherme Boulos simboliza esse grande retrocesso conservador. A democracia está sendo desmontada em seus direitos legais e sofre uma ofensiva de perseguição dos seus líderes sociais. É inaceitável que se criminalize quem buscava uma solução, sem conflitos e violência, na ocupação de terra especulativa que abrigava 700 famílias  mais de três mil pessoas. Essas pessoas sem teto estavam sendo ameaçadas de despejo e abandono social do Estado.

O maior crime que se comete contra a democracia é tentar calar e reprimir quem luta por direitos justos e garantidos constitucionalmente. A linguagem da violência do estado repressor é o prenúncio da morte das liberdades democráticas.

É preciso resistir ao retrocesso nos direitos sociais e lutar pelo oxigênio da democracia que é a liberdade de se manifestar, resistir às injustiças e respeitar os movimentos sociais em suas reivindicações democráticas.

O direito à moradia é um direito garantido por nossa Constituição Cidadã.










quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Banco Central abre mão da técnica para aderir à especulação financeira

Banco Central abre mão da técnica para aderir à especulação financeira, esse foi o recado do dia ao reduzir a taxa de juros Selic para 13%, desconsiderou totalmente o aumento gradual dos últimos dois meses em 0,30% e apostou nas notícias positivas dos jornais para inflar o mercado e alavancar em curto prazo o Papel da Dívida Brasil, pode ser uma medida de retomada ou pode ser a ampliação do buraco negro à que estamos sendo puxados, a sensação de início é de melhora do humor econômico, mas, no médio e longo prazo sem o resultado real de investimentos incorporados ao mercado qualitativa e quantitativamente o que o Banco Central começa a produzir é uma bolha financeira ao estilo do que vivemos no mercado imobiliário. Henrique Meireles trouxe a agenda econômica nacional para o seu ringue aonde se tornou referência mundial, mercado especulativo, exatamente o mercado que levou o mundo a sua depressão econômica em 2008, porém, os resultados no curto prazo enriqueceram muitos conglomerados. A crítica é simples, se existe uma política de controle da inflação com a manutenção da taxa de juros, os indicadores desta vez disseram "A" e o Banco Central brasileiro respondeu com "M", ou mudou-se a política econômica de forma substancial para um modelo superficial ou se antecipou resultado para segurar a inflação!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

IPCA em 6,29 segundo IBGE, mas...

É preciso analisar com mais perícia os dados do IBGE sobre a média da inflação de 2016. O percentual de 6,29 para o IPCA sofre duas interferências diretas para a manutenção do teto, a primeira delas é mais evidente o índice do custo da energia elétrica, os Estados não reduziram o preço da energia residencial, mas, o Governo Federal reduziu a taxa de compensação e isentou alguns tributos às empresas fornecedores de energia o que não impactou no valor final, mas, em outro índice o IPP, atrelado a tabela de consumo segurou o avanço de 0,30% nos últimos dois meses pela queda do consumo interno e o aumento do desemprego. Em segundo lugar, a mesma estratégia utilizada nos limites da energia elétrica também fora utilizada para aferição do preço do combustível, reduzido o valor do barril para o fornecedor porém, ao consumidor final o preço não sofreu alteração de baixa nos preços até o dia 31 de Dezembro, pelo contrário em vários casos houve aumento, porém no cálculo final não sofreu alteração inflacionária pelo resultado inicial da aquisição do produto e consumo final dos usuários do transporte. Se novembro e dezembro a média teve aumento percentual de 0,30 o Governo não tem o que comemorar pra hoje!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Zygmunt Bauman

Zygmunt Bauman é Ser Humano que inspira, tive a oportunidade de ler duas obras suas apenas "Globalização" e "Vidas desperdiçadas", ambas em contextos diferentes, Bauman falou sobre o desgaste dos desafios do Ser em detrimento a vida, a ausência de reflexão e anulação da identidade. Contribuiu o necessário para o imortalizarmos academicamente, estudá-lo, compreendê-lo, refletir sobre os desafios que apontou e superarmos cada um deles. #RIPZygmuntBauman

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Primeira semana do ano no DF

Em Brasília Rodrigo Rollemberg errou ao aumentar o preço das refeições nos restaurantes comunitários, depois de críticas, protestos e esvaziamento dos restaurantes foi obrigado a voltar atrás e reduziu o preço novamente. Hoje Rollemberg comete o mesmíssimo erro em relação às passagens de ônibus, se realmente fosse imprescindível (e não é) o aumento fizesse de forma gradual e escalonada por áreas, mas, fez de uma vez sem critério algum, joga para o trabalhador, a mãe de família, os estudantes, o desempregado a responsabilidade de pagar as contas de uma cidade arrecadadora por natureza. Rodrigo Rollemberg fez sua opção de governo e não é pela classe trabalhadora, os pobres, estudantes, população em índices de miséria, fez sua opção pela classe média alta, se mantiver o valor das passagens cometerá o mesmo erro das refeições e a cidade tende a entrar em colapso.