segunda-feira, 28 de março de 2016

Peço Vênia aos eméritos, mas, sejamos prudentes e francos, serem estrebuchados pelo Eduardo O Cunha?

Doutores Juliano Costa Couto e Cláudio Lamachia, Presidentes da OAB seccional DF e Nacional da Ordem respectivamente, protagonizaram uma atitude no mínimo questionável de vários pontos de vista, do técnico faltou conteúdo e embasamento jurídico ao pedido, resumiu-se em longas linhas que explanavam sobre o subjetivo, o intangível, inalcançável e o inatingível! 

A Ordem dos Advogados do Brasil não pode se dar ao luxo de apresentar uma peça sem qualificar o ato que à instaura muito menos substanciar sua defesa em nome do clamor social, a Ordem dos Advogados não é palanque para amadores ou instrumento de impulsão para pretensos candidatos. Para além, das críticas à conduta política de seus eméritos parlapatões, serem ironizados pelo Eduardo Cunha, saiu barato demais a frustração apagada de hoje. Neste momento não vão poder assumir o erro de seus constrangimentos, mas, ficou registrado na história o oportunismos barato de seus quadros reluzentes!


http://m.oglobo.globo.com/brasil/cunha-ironiza-pedido-da-oab-de-impeachment-de-dilma-18971417

quinta-feira, 17 de março de 2016

O que está em jogo?

Guilherme Boulos 

O que está em jogo?

Chegamos ao momento mais grave da crise política do país. Após Dilma chamar Lula ao ministério, Moro mandou vazar uma conversa grampeada entre os dois. Com chamado midiático, o clima nas ruas é de convulsão.

Moro apostou alto. Ao grampear um telefonema envolvendo a presidente da República e divulgar o áudio no momento politicamente mais conveniente para os que querem derrubá-la, o juiz ultrapassou a linha vermelha. Tirou definitivamente a toga e assumiu sua condição de militante político.

Foi para o "vai ou racha". Era o sinal que faltava. Sua decisão levou alguns milhares às ruas, exigindo a renúncia da presidente. Foram registrados conflitos em várias cidades. Em alguns lugares, linchamentos.

Um ciclista foi agredido na avenida Paulista por ter "cara de petista" e bicicleta vermelha. Uma mulher levou um soco na mesma avenida por recusar-se a gritar pela prisão de Lula. Episódios de intolerância como esses espalham-se pelo país.

CAMINHO SEM VOLTA

O caminho escolhido pelos que querem derrubar o governo é perigoso. Não se tira pitbulls das ruas com a mesma facilidade com que se os insufla. Propagar ódio com tal intensidade pode ser um caminho sem volta.

Quem pensa que é só contra os petistas se engana. Agora há pouco, o secretário de Segurança de Alckmin, Alexandre de Moraes, foi escorraçado da avenida Paulista por tentar liberar a faixa de ônibus.

O clima criado por essas manifestações não admite nenhum tipo de contestação. Nem mesmo em relação a uma faixa de avenida. Quanto mais em relação ao mérito. O feitiço poderá virar contra o feiticeiro.

A oposição partidária de direita parece que ainda não assimilou as consequências da vaia de domingo. Acha que vai surfar nessa onda. Pode até ser, mas não é pequeno o risco de ser afogada por ela.

A velha direita não seduz a multidão que ajudou a insuflar. As manifestações querem um salvador, um justiceiro de pulso, que –em nome do "bem"– está liberado para violar a Constituição, desrespeitar garantias individuais e "botar ordem na casa". Por isso gostam tanto de Sérgio Moro, por isso alguns exaltam Bolsonaro.

O que é mais chocante nisso tudo é a passividade do STF. Um juiz de primeira instância faz o que quer, adota medidas de exceção como regra, grampeia a presidente e não há reação.

Quando em 2008 o então presidente do Supremo, Gilmar Mendes, acreditou ter sido grampeado, acusou o "estado policial". Lula, presidente à época, demitiu o diretor-geral da PF. O atual silêncio do STF é ensurdecedor.

O QUE ESTÁ EM JOGO

É preciso compreender o que está em jogo nesses dias tumultuados. Não se trata nem de defender o governo Dilma e muito menos de brecar as investigações de corrupção.

Dilma decidiu por aplicar o programa derrotado nas urnas e encampar retrocessos em relação às políticas sociais, acreditando que atrairia o mercado. Conseguiu desagradar a todos e, com isso, criou a base social para o golpismo. Paga o preço de suas escolhas.

Em relação às investigações, devem ser levadas adiante. Mas uma investigação que assegure as garantias constitucionais e que não escolha alvos politicamente. Sem linchamento, sem seletividade.

O que está em jogo é deter uma ofensiva odiosa, que impõe o pensamento único e métodos de intolerância.

O clima construído nas ruas é de caça às bruxas e não apenas contra o petismo. É contra a bicicleta vermelha, a "cara de petista" e a recusa em entoar seus gritos. Representa um risco real a liberdades democráticas.

Aos que insuflam esta situação é sempre bom lembrar o destino de Carlos Lacerda após o golpe de 1964. Quem aposta na tática incendiária tem sempre o risco de ver o fogo sair do controle.

(Fonte: FSP 17/03/16)

Carta aberta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva


Creio nas instituições democráticas, na relação independente e harmônica entre os Poderes da República, conforme estabelecido na Constituição Federal.
Dos membros do Poder Judiciário espero, como todos os brasileiros, isenção e firmeza para distribuir a Justiça e garantir o cumprimento da lei  e o respeito inarredável ao estado de direito.
Creio também nos critérios da impessoalidade, imparcialidade e equilíbrio que norteiam os magistrados incumbidos desta nobre missão.
Por acreditar nas instituições e nas pessoas que as encarnam, recorri ao Supremo Tribunal Federal sempre que necessário, especialmente nestas últimas semanas, para garantir direitos e prerrogativas que não me  alcançam exclusivamente, mas a cada cidadão e a toda a sociedade.
Nos oito anos em que exerci a presidência da República, por decisão soberana do povo – fonte primeira e insubstituível do exercício do poder nas democracias – tive oportunidade de demonstrar apreço e respeito pelo Judiciário.
Não o fiz apenas por palavras, mas mantendo uma relação cotidiana de respeito, diálogo e cooperação; na prática, que é o critério mais justo da verdade.
Em meu governo, quando o Supremo Tribunal Federal considerou-se afrontado pela suspeita de que seu então presidente teria sido vítima de escuta telefônica, não me perdi em considerações sobre a origem ou a veracidade das evidências apresentadas. 
Naquela ocasião, apresentei de pleno a resposta que me pareceu adequada para preservar a dignidade da Suprema Corte, e para que as suspeitas fossem livremente investigadas e se chegasse, assim, à verdade dos fatos.
Agi daquela forma não apenas porque teriam sido expostas a intimidade e as opiniões dos interlocutores.
Agi por respeito à instituição do Judiciário e porque me pareceu também a atitude adequada diante das responsabilidades que me haviam sido confiadas pelo povo brasileiro.
Nas últimas semanas, como todos sabem, é a minha intimidade, de minha esposa e meus filhos, dos meus companheiros de trabalho que tem sido violentada por meio de vazamentos ilegais de informações que deveriam estar sob a guarda da Justiça.
Sob o manto de processos conhecidos primeiro pela imprensa e só depois pelos diretamente e legalmente interessados, foram praticado atos injustificáveis de violência contra minha pessoa e de minha família.
Nesta situação extrema, em que me foram subtraídos direitos fundamentais por agentes do estado, externei minha inconformidade em conversas pessoais, que jamais teriam ultrapassado os limites da confidencialidade, se não fossem expostas publicamente por uma decisão judicial que ofende a lei e o direito.
Não espero que ministros e ministras da Suprema Corte compartilhem minhas posições pessoais e políticas.
Mas não me conformo que, neste episódio, palavras extraídas ilegalmente de conversas pessoais, protegidas pelo Artigo 5o. da Constituição, tornem-se objeto de juízos derrogatórios sobre meu caráter.
Não me conformo que se palavras ditas em particular sejam tratadas como ofensa pública, antes de se proceder a um exame imparcial, isento e corajoso do levantamento ilegal do sigilo das informações.
Não me conformo que o juízo personalíssimo de valor se sobreponha ao direito.
Não tive acesso a grandes estudos formais, como sabem os brasileiros. Não sou doutor, letrado, jurisconsulto. Mas sei, como todo ser humano, distinguir o certo do errado; o justo do injusto.
Os tristes e vergonhosos episódios das últimas semanas não me farão descrer da instituição do Poder Judiciário. Nem me farão perder a esperança no discernimento, no equilíbrio e no senso de proporção de ministros e ministras da Suprema Corte.
Justiça, simplesmente justiça, é o que espero, para mim e para todos, na vigência plena do estado de direito democrático.
Luiz Inácio Lula da Silva

Mais informações
José Chrispiniano/ Gabriella Gualberto
Assessoria de Imprensa
Instituto Lula
www.institutolula.org
twitter.com/inst_lula
facebook.com/lula

Dois dias de alta na bolsa de valores e dois dias de queda do dólar

Ressalva importante no meio dessa turbulência e que precisa ser analisada com imparcialidade: 

O índice da bolsa de valores de São Paulo hoje, operava em alta próximo aos 14 pontos percentuais e se manteve em alta, mas, oscilando até o meio da tarde quando anunciado que a AGU somente iria recorrer da decisão do Juiz Federal contra a posse do ex-Presidente Lula no outro dia. Essa oscilação manteve a alta em 6 pontos percentuais, maior índice desde o início de novembro do ano passado, em paralelo a isso o Dólar sofreu uma queda considerável de mais de 2% fechando em baixa semanal. 

Três recados claros do mercado sobre o Lula como Ministro da Casa Civil:

1) o mercado avalia positivamente por entender que começa um novo governo, sem grandes alterações na política macroeconômica, mas, com entendimento de abertura de crédito e um novo ciclo de investimentos;

2) o mercado avalia positivamente por entender que termina o governo Dilma, e se inicia um outro Governo com alterações estruturantes no ambiente político interno e com apoio de grande parte do setor produtivo e empresarial brasileiro e estrangeiro;

3) que a solidez e a congruência de interesses em comum, podem organizar o país e a aposta do mercado capital é com o Lula, uma possibilidade de entendimento.

Essa avaliação é reflexo de dois dias seguidos de crescimento do índice iBovespa e de queda do dólar após o anúncio de Lula no Ministério da Casa Civil. É importante também uma avaliação social e política destes mesmos dados.

domingo, 13 de março de 2016

13/03 análise conjuntural, Brasília

À direita no DF aprendeu a se mobilizar, fazer composição de grupo, articular nas agendas populares, passaram a manhã toda na feira do Guará e dos Importados convocando as pessoas, carros de som em todas as cidades satélites, mandatos parlamentares e ex-Deputados mobilizando tropas, clacks, assossiações de moradores, estudantes em faculdades (talvez a maior aberração deste movimento, mas, legitimamente democrático e real). Acumulando força, estrutura, carros de som, faixas, outdoors, placas, panfletos, esteio e cobertura para receber figuras nacionais importantes que representam seus anseios e mesmo não concordando, chamam a atenção da população pela radicalidade do discurso como Bolsonaro e Malafaia, este último mobiliza parte da igreja que dialoga com diversos setores de Brasília. A igreja não vive isolada, ela tem projetos sociais, grupos de teatro, times de futebol amador, clínicas de recuperação, grupos de dança, tudo isso se multiplica em relacionamento e mobilização. Em Brasília fizeram o dever de casa, não é a maior manifestação de todos os tempos, mas, foi representativa, declarativa, programática e composta por sinais importantes que precisam ser lidos sem paixões! Como saldo importante a esquerda ficou claro que o desgaste do ambiente político nacional como um todo é ainda maior do que o desgaste do PT ou da Dilma simplesmente, porém, eles jogam esta narrativa para acumular forças entre a direita, extremos, apartidários, descontentes, desinformados, baladeiros e replicadores. 
De certo, toda essa massa que fora às ruas hoje chegaram a 5% da população do DF, significativo e representativo, em nenhum outro Estado à direita alcançou essa representatividade, podem estar bem mobilizados, mas, não existe clima de acumular forças localizadas para uma disputa mais sólida, com exceção do DF e de SP.

terça-feira, 8 de março de 2016

E se as eleições fossem hoje no dia da Mulher?

Se as eleições fossem hoje, no dia internacional da Mulher, como elas votariam para Presidente da República:

No Mito Jair Bolsonaro 🤔que disse - lugar de mulher é na frente de um fogão; e disse também - mulher feia não merece ser estuprada.🙄

Do Aécio Neves 😍 que acha - um tampinha não dói, um soco no rosto é afeto e um chute na costela, demonstração de carinho.😐

Ou o Lula 😒😡😖😱😷 que determinou - toda escritura do Minha Casa Minha Vida ficaria nas mãos da mulher; que definiu que o cartão do Bolsa Família ficaria nas mãos da Mãe, só assim o programa daria certo; e que nomeou uma mulher Chefe da Casa Civil e depois brigou com o País inteiro pra elege-lá e reelegê-la Presidente do País.😮

segunda-feira, 7 de março de 2016

Quando as máscaras caem é preciso apurar as fantasias...

Vivemos um ambiente de informação e contra informação, então é preciso ficar atento a todos os fatos e apurar cada um deles.

VAI VENDO...

Sabem quem é Carlos Fernando de Lima, o procurador que faz o serviço sujo na Lava Jato, que deu entrevistas ontem tentando explicar porque Lula foi conduzido coercitivamente?
Ele é o marido da ex-gerente do Banestado, Vera Lúcia dos Santos Lima,da Agência de Foz do Iguaçu, por onde evadiu do País cerca de R$ 520 bilhões, durante o governo FHC. Ela chegou a se transformar em CPI do Banestado. Aquela que o Sérgio Guerra recebeu R$ 10 milhões para abortar. 
E sabem quem era o juiz do caso? Sérgio Moro.