quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jovem Sujeito de Direito ou detentor de um novo Direito? PARTE II

Sinto informar que, estamos errados, nós, militantes de esquerda, construtores de políticas públicas para os jovens do Brasil, estamos equivocados (isso na minha visão). Ou negligenciamos involuntariamente para a população ou mentimos para nós mesmos, e, por acreditar e conhecer vários dos que protagonizam toda essa história, devo assumir que mentimos para nós mesmos em busca de um espaço político instável, sempre em disputa e que não constrói em nada uma política pública direcionada para a juventude e sim mascara uma ferramenta de gestão que poderia bem melhor ser aproveitada se formulada por quem obtém essa ferramenta consolidada pelo Estado. Claro, estou assumindo aqui o risco de ser julgado inimigo da temática, até aí nada de novo só as velhas ponderações. Vamos ao risco da ideia, afinal no Brasil politicamente é muito delicado pensar, você pode ser julgado facilmente de diversas formas, porém sempre prefiro arriscar.

Materialmente, qualquer pessoa que tenha estudado em qualquer cursinho preparatório para concurso já deve ter ouvido falar nisso, todos, eu quero afirmar em caixa alta que TODOS cidadãos brasileiros são e somos sujeitos de direito. Existe uma referencia atual ao protagonismo e o papel do Jovem no Estado que esta sendo utilizada de forma inóspita, na minha péssima impressão e frágil contribuição arrisco dizer que estamos jogando com palavras para justificar espaços políticos. Ou entendemos o funcionamento e o papel de um núcleo governamental que se aproprie do tema “Juventude” ou estamos fadados ao real fracasso, uma derrota óbvia que desde o início se desenhava. Hoje, vejo uma Secretaria de Juventude, Coordenação ou o quer que seja muito mais como uma Secretaria de Assuntos Estratégicos do que qualquer outro tipo de espaço do governo, porém se esses espaços hoje existentes não dialogarem com a realidade da sua população e continuarem produzindo uma ideia formulada à partir de uma única experiência não vamos avançar no conjunto sociológico e somente usaremos este espaço para assegurar uma disputa vazia que não existem ganhadores e sim só derrotados.