quarta-feira, 17 de junho de 2015

Má Fé, Mediocridade ou Covardia do "novo" GDF

Má fé, mediocridade ou covardia só existem essas três explicações para o conjunto de ações propostos pelo novo governo do Distrito Federal encabeçado pelo senhor governador Rodrigo Rollemberg. Justo na primeira década do novo milênio com a Lei 8.666 consolidada e já com indicativos de discussão de avanços e atualizações de suas diretrizes, modalidades da administração pública sendo experimentadas na lógica de organizar melhor a gestão do Estado, órgãos de controle e fiscalização em plena atividade, a sociedade cobrando de seus gestores melhores gastos e maior efetividade dos serviços público, cursos por todo o país de Gestão Pública lotando os acentos das universidades e faculdades com força total principalmente nas instituições de ensino superior da nossa cidade, e com a própria sociedade inspirando em diversos segmentos novos modelos de organização social formais e informais, um país inteiro em ebulição com debates acalorados no mundo político. Foi este o cenário escolhido pelo núcleo pensante que governa o Distrito Federal, apresentar um conjunto de ações que privatiza e concede à iniciativa privada gerir e explorar empresas públicas, algumas autarquias, espaços públicos de convívio social, lazer e entretenimento. E o que sobre ao Governo administrar? No início do primeiro bimestre já estava clara a estratégia do Governo de entregar a CEB e a CAESB ao setor privado, mais claro ainda e sedutor era vender o BRB a qualquer instituição financeira disponível, leia-se BMG no caso, mas, entregar o Parque da Cidade e a Torre de TV para exploração comercial é o fim do caminho, o Zoológico considero menos nefasto, mesmo assim sintoma de uma gestão preguiçosa e sem compromisso com o bem público.

Só vejo três alternativas má fé na decisão de conceder e privatizar, tendo por trás interesses escusos e maquiados, que nunca serão revelados ao grande público por bom embasamento e justificativas que ludibriam e embriagam a opinião pública, beneficiando poucos empresários com condições de captação e investimento para "comprar" os bens sociais da cidade; Mediocridade na decisão de conceder e privatizar, considerando o grupo de gestores sem compromisso com o bem público, se sentem na leve escolha de não se comprometerem com a gestão, regras, limitações, dificuldades, situações do cotidiano e buscam uma saída prática e pequena para soluções maiores, depredam patrimônio público no exercício da função que lhes foi concedida, decisões pequenas e de curto prazo que vão gerar consequências no longo prazo, já que no mundo inteiro se discute melhorias nos modelos de Gestão da Coisa Pública, meia dúzia de intelectuais de botecos decidem que a melhor saída é não ter compromisso; ou covardia, gestores frágeis, que buscam saídas rápidas para dar respostas à perguntas que eles ainda não encontraram, decisões fragmentadas com uma máscara de centralização da gestão em um único núcleo diretivo para reduzir qualquer decisão de contratação que fuja de suas rédias, mais uma vez errado e equivocado centralizar decisão quando todos governos, empresas e grandes corporações dizem descentralizem decisão e gestão.

Concessões são modelos de gestão? Sim! Mas, devem e precisam ser debatidos à exaustão, principalmente sua aplicabilidade e modelo, explorar comercialmente parque de convívio social, pontos turísticos que acumulam no seu ambiente entretenimento e lazer é sintoma de gestão contaminada, má vontade, brincadeira de adolescente ou nenhuma experiência de governo. O caminho para ampliar arrecadação da Capital segue uma regra padrão investimento local, fortalecimento da infra estrutura de negócios ou industria e melhoria na gestão da fazenda pública, qualquer plano fora deste tripé cheira manobra ou falta de visão de Estado.