sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Sobre as eleições do Conselho Tutelar do Distrito Federal neste domingo, 04 de outubro de 2015

As indefinições judiciais sobre a continuação ou não do processo eletivo para o Conselho Tutelar do Distrito Federal, por si só, prejudicam o sufrágio e inviabilizam o bom andamento das eleições. A dúvida que atinge parte da sociedade mobilizada para às eleições desconstrói a possibilidade de um resultado saudável e positivo para a composição do Conselho da Criança e do Adolescente, e dos Conselhos Tutelares de forma geral. 

É imperativo por parte da Secretaria da Criança e do Adolescente, e do Governo do Distrito Federal, compreenderem a fragilidade de um processo judicializado, erro já cometido por esta mesma gestão em outras ocasiões em temas relativos a outros assuntos neste ano. É bom observarmos que, se a decisão da justiça neste sábado, 03 de outubro de 2015, for no sentido de manter por liminar as eleições no domingo dia 04 de outubro, trarão prejuízo à sociedade e aos que são assistidos pelos conselhos.

A quem interessa a manutenção de um processo fragilizado, cheio de vícios, atalhos e contradições desde a contratação do serviço da banca realizadora até mesmo as definições de locais de votação e regras para participação e locomoção no dia? Somente nesta quinta feira, 01 de outubro, os conselheiros puderam saber os locais de votação, dado que já deveria ter sido publicizado tempos antes da realização, já que as junções e fusões de cidades e locais de votação foram tão compactadas e não será informado no local. Três ou quatro zonas eleitorais votando em um só local ou mais, a escolha pelo voto unitário na cédula mesmo com decreto sugerindo o voto em chapa como em outros Estados, tantas incorrências e contradições em um só processo já são fatores naturais de desmotivação e desmobilização.

Não se justifica a decisão da Secretaria da Criança e do Adolescente, muito menos do Governo do Distrito Federal, em lutar pela manutenção de um processo tão caro quanto o contratado e executado pela banca escolhida. A luta deveria ter sido pelo melhor processo a se realizar, já sabendo dos questionamentos do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Se mantiverem a birra para a realização das eleições no dia 04 de outubro, poderemos ver uma decisão catatônica e caduca, desperdiçando dinheiro público e o tempo daqueles que se dispuseram ao pleito, os candidatos merecem respeito, a população mobilizada para votar merece respeito e os cidadãos pais e mães, crianças e adolescentes assistidos pelos conselhos merecem ainda mais respeito deste governo.

Fernando Neto
Ex Secretário de Juventude do Governo do Distrito Federal

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