Por: Agência PT, em 31 de outubro de 2015 às 11:30:20
O Brasil que a juventude quer foi o
tema do debate realizado nesta sexta-feira (30) entre o sociólogo Emir
Sader e o secretário nacional de Juventude do PT, Jefferson Lima.
Para Jefferson, o Partido dos
Trabalhadores à frente do governo implementou um conjunto de políticas,
com foco na distribuição de renda, que “colocou a juventude em outro
patamar”.
“O Brasil hoje tem uma nova sociedade, e principalmente uma nova juventude, que praticamente só viveu os governos do PT e não conseguiu acompanhar e nem lembrar dos governos anteriores”, afirmou.
“Precisamos disputar essa nova sociedade
e principalmente essa nova juventude, saber qual o Pais que esses
jovens querem construir, quais as suas demandas. Nosso desafio hoje é
apresentar um novo horizonte, um novo futuro para essa juventude”,
acrescentou o secretário da JPT.
Emir Sader destacou que as mudanças no
Brasil nos últimos 12 anos não são retratadas na mídia. “Qualquer
jornalismo descente mostraria essas mudanças. O Brasil não tem memória,
porque a imprensa apaga a memória”, afirmou.
Ao falar da violência policial contra os
jovens negros no País, o sociólogo disse que a opinião pública legitima
essas ações da polícia. “Se não tem segurança para todos, não tem
segurança pra ninguém. Só assim vamos conseguir mudar essa realidade do
genocídio dos jovens negros no Brasil”, ressaltou.
Mediado pelo jornalista e diretor do
‘Brasil 247′ em Brasília, Paulo Moreira Leite, o debate Roda Viva faz
parte do projeto “O Brasil que queremos”, coordenado pelo sociólogo.
Além de Sader e Jefferson, também participaram do debate o Rapper Flávio
Renegado; a Bolsista do ProUni na UDF, Ludmila Miranda; e a diretora do
Sindicato dos Bancários, Talita Régia.
O Rapper Flávio Renegado afirmou que o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu início a um novo Brasil e
que o acesso ajudou a transformar o jovem negro da periferia. “Quem não
reconhece isso não mora no mesmo Brasil que eu. A grande elite desse
País não aguenta ver pobre pensando, tendo opinião, se manifestando. Mas
nós não vamos voltar a trás no que já conquistamos e queremos mais”,
enfatizou.
Segundo ele, “a memória pode até ser curta, mas a barriga lembra. Quem antes não tinha o que comer, hoje tem”.
A bolsista do ProUni, Ludmila Miranda,
fez questão de contar sua experiência. “Sem a bolsa do ProUni, eu
dificilmente teria conseguido fazer faculdade e hoje posso ter um futuro
melhor por conta disso. Por ser bolsista e por ser negra, sei que isso
incomoda os outros e senti isso na pele”, destacou.
Da Redação da Agência PT de Notícias
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