sábado, 10 de junho de 2017

Gilmar Mendes

O papel que Gilmar cumpre não apresenta somente um comportamento político, também é da função do Ministro do STF o equilíbrio institucional, apossado dos freios juridico institucional que cabem ao regramento juridico, ele também está cumprindo função técnica com seus votos contraditórios.

A defesa do Estado Democrático passa pela subjetividade das ideias, do ideário, controle compensatório dos poderes. Quando lemos o direito para além da aplicação da lei é necessário carregamos nossa história de vida, é indispensável nesse conjunto a constituição utópica do Estado, suas consoantes, o exercício do poder como descreveu Bobbio e outros pensadores do Direito e da filosofia, assim se constituem a acusação, a defesa e o voto do juiz natural e quem indicou Gilmar Mendes ao STF tinha compreensão total do que abordava Michael Foucault em a 'Teoria do Poder', Gilmar está a serviço de uma visão de Estado, que neste momento tático nos serve, aplica o poder institucional o exercício da força que o constituem e se aproveita da fragilidade técnica dos acusadores que só tomou corpo pela nossa ausência, quando era o nosso momento de reagir recuamos, suas acusações políticas tomaram corpo e força pelo apoio eminente da imprensa e das camadas mais elitistas do país e qualquer acusação virou prova de fé.
Se tivéssemos tido o mesmo compromisso nas escolhas que fizemos ao Supremo e os Ministros tivessem a mesma percepção da disputa de classes, da sua função natural e sua aplicabilidade institucional e desde o famigerado mensalão exercido o Poder Constitucional originário de suas prerrogativas de função, hoje não estaríamos dependendo de um aliado pontual e tático na disputa contra um inimigo em comum pontual e tático, teríamos enfrentado as acusações com a narrativa adequada, afinal, nada mais cabe nessa disputa do que a narrativa, indiferente do que se é certo ou errado, ponto que nos perdemos em debates internos e partidários ou não. O PMDB e seus aliados estão nos dando uma aula sobre o exercício do Poder!

Fernando Neto

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