quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Qual a função atual dos núcleos de gestão de políticas públicas de juventude, seja qual nível for da estrutura de Estado?

Para que serve, qual papel tem cumprido, qual tem sido sua função de Estado? Quais os exemplos que traduzem a expectativa da juventude brasileira em prática de gestão? Quais práticas de gestão apontam para a melhoria da qualidade de vida do jovem no Brasil? Aonde chegamos define o papel que deve ser assumido ou é preciso repensar a forma de atuação da estrutura de Estado que dialogue com a Juventude? Todos estes questionamentos servem inclusive para a defesa e manutenção dos núcleos de gestão pública que atuam na agenda social da juventude brasileira, muito do que se propôs nos últimos 14 anos de organização do Estado brasileiro entorno das pautas de PPJ se definiram à partir de um perfil de jovem brasileiro que necessitava prioritariamente ser incluído na sociedade através da inserção profissional ou sua qualificação, ter acesso ao ensino superior e seus direitos sociais e individuais reconhecidos. Óbvio e inegável que não vivemos um Estado de Bem Estar Social e pleno emprego, porém, os passo necessários para a inclusão deste jovem na sociedade como protagonista de sua trajetória de vida se deu à partir de inúmeras medidas realizadas na esfera Federal, estadual e municipal e o pouco que foi feito mudou a realidade de toda uma geração.

Hoje o maior desafio, a escolha do curso que irá fazer ou em qual Estado fará o curso, em qual faculdade ou universidade, pública ou privada, escolhas proporcionadas pelo modelo que se atingiu com o Enem e todo o sistema público de educação integrado nesta metodologia e programa de inclusão, antes, o maior desafio era se seria possível um dia se fazer faculdade. Uma simples mudança de comportamento social como essa transforma a realidade da estrutura de qualquer sociedade e suas concepções de vida! Muito ainda é necessário ser feito neste sentido, inclusive defender as conquistas destas últimas duas décadas contra qualquer retrocesso político, mas, também é imperativo atualizar a agenda compreendendo que as necessidades em termos gerais desta juventude não é mais, nem de longe, os mesmo anseios e necessidades daquela juventude constituída a partir da década de 90 e do primeiro milênio de 2000.


Entramos em um novo período, novos códigos de comportamento, de conduta social, novos modelos de organização e assim novos modelos coletivos se criam dentro desta ruptura social, avançando para além do paradigma da inserção social, esta juventude dialoga diretamente com economia colaborativa, solidária, social, com as diversas tecnologias de comunicação em massa, trocam experiências pessoais, sociais, profissionais ou acadêmicas em níveis muito mais profundos do que outrora acontecia em nossa sociedade, toda essa mudança de comportamento afeta diretamente na percepção do jovem em relação ao Estado e como ele dialoga com as diversas esferas de poder público. Neste sentido o que temos hoje de espaços públicos dos poderes constituídos compreende e percebe esta juventude e dialoga com as necessidades dela?


Fernando Neto
Observatório Urbanos 
@fernandonsneto
@urbanosobservatorio

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