Um tema que atualmente toma conta dos debates políticos e que tem
defensores e opositores é a redução da maioridade penal. Como educador
que deixar uma reflexão sobre o assunto.
Sobre o assunto me posiciono favorável ao tema, pois acredito que a
falta de punições à altura tem contribuído para o aumento da
criminalidade entre menores, mas, e esse é um “MAS” bem maiúsculo,
essa não é nem de longe a principal ou a melhor solução.
Vários estudos comprovam que a falta de interesse das crianças na
escola, a evasão escolar, a falta de condições de frequentar as aulas
e o fraco desempenho favorecem a criança para que entre na criminalidade. Nem vou entrar em outros méritos como a pobreza e a desestruturação familiar.
O que fazer? É necessário, urgentemente, repensar nossas políticas públicas na educação. São necessários novos métodos e novas metodologias para tornar nossas salas de aulas mais atrativas, mais interessantes e mais cativantes. O ensino puro e simples já se mostra ultrapassado diante uma população juvenil mais pensante e crítica.
É preciso criar meios para evitar gastos de bilhões anuais com a criminalidade e suas consequências e aplicar os recursos em novas políticas educacionais.
Somente a título de exemplo em como a educação, não somente a escola, mas a formação como um todo pode contribuir para a diminuição da criminalidade. Sou Diretor de uma instituição que ministra cursos preparatórios para alunos do ensino fundamental e médio para que eles possam tentar o ingresso nas academias militares. As aulas acontecem todos os dias, no contraturno do colégio e aos sábados temos aulas de educação física. É incrível ver como a autoestima deles muda quando vestem a camiseta do curso, quando estão na sala de aula conhecendo as peculiaridades de cada academia militar e ver nos rostos a esperança de que um dia viverão dias melhores. É claro que nosso curso é pago, mas o que quero ressaltar é que temos condições de levar nossos
jovens, através da educação e da formação, a sonhar mais alto do que somente fazer sucesso com um “lek lek lek” (nada contra ou a favor de quem canta ou gosta).
Temos que formar nossos jovens para que a curiosidade deles seja alimentada com aquilo que os levará além.
De outro lado, quando olho da janela da minha sala para a praça do relógio no centro de Taguatinga, vejo dezenas de jovens sem perspectiva e sem sonhos, entregando seu futuro às drogas e à criminalidade.
A educação não é a salvação da lavoura, mas com certeza é um belo início para minorar o crescente problema social que temos vivido.
Prof. Charlie Rangel
Graduado em Administração de Empresas e Teologia
Especialista em Gestão Escolar e Auditoria
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