terça-feira, 31 de outubro de 2017

O Capitalismo Inumano e a Humanidade


A Política, assim como a Religião, e também em todas as esferas da sociedade estão impregnados de Capitalismo. Um Capitalismo Primitivo, predatório, vingativo, destituído de humanidade, de sustentabilidade, de solidariedade. Apenas instinto primitivo de um predador com voracidade insaciável.

A ambição de alguns, imputam miséria aos bilhões de seres humanos excluídos do mundo. Será que é esse o papel que nós – seres ditos humanos – devemos imputar à nossa espécie? Evoluímos tecnologicamente, mas poucos desfrutam. Avançamos no conhecimento, mas seu acesso é para pouquíssimos. As Classes dominantes ainda veem os pobres deste mundo como “carvão para ser queimado”, como diria o professor Darcy Ribeiro. Material a ser substituído por outros de igual miséria para alimentar a fornalha que move um mundo baseado no consumo desenfreado, desesperado, desnaturado, irracional, insustentável e deletério!
Consumo idiota e tão voraz que é capaz de destruir o próprio planeta. Uma sanha perigosa onde as pessoas são “coisificadas”, e as coisas ganham importância e status de deuses. Verdadeiros “ídolos de pés de barro”. Viver perdeu significância e significado. Somos todos, ou quase todos, peças de uma engrenagem de fazer dinheiro para aqueles que já possuem muito. Possuem em excesso, em demasia, excedente, imoral. 

O ser humano padece de esperança, de futuro, de alento. Esse é o Capitalismo Inumano, que mesmo em crise, demonstra ter muita lenha “lenha” pra queimar. Ele se alimenta de vidas, de esperanças destruídas, da exclusão, de cobaias humanas para testes de armas de destruição em massa, do terrorismo de grupos e de estado.

Tudo virou um mercado! As Religiões com seus templos que parecem verdadeiros shoppings da fé; os Estados, que se quedam submetidos aos interesses das transnacionais; os políticos que  são ávidos por dinheiro para suas campanhas milionárias e para sustentar seus luxos e luxúrias às custas da desgraça dos cidadãos. Os Partidos, quase todos,  destituídos de ideais e ideologias. Falidos de moral e moralidade. Verdadeiros sepulcros dos sonhos. Aprisionados pelo poder do dinheiro.

Num mundo que produz alimentos capaz de alimentar três vezes a população existente, bilhões padecem de fome, doença, pestes, falta de saneamento. Desperdício e miséria entrelaçados. Vidas e talentos ceifados.

A Humanidade carece de lideranças. Líderes com menos ganância e mais consciência.  Influenciados mais pelos ideias e pela consciência do que pelas moedas  viciadas deste mundo. Que prezem mais os pratos cheios para o povo que os cofres estatais. Mais a essência que o “status quo”.  Mais a vida humana que o bem próprio. Mais o próximo e a coletividade, que a si mesmos. Lideres que enxerguem mais o ser humano que os números, as estatísticas e o interesse dos privilegiados.

Que voltemos a ter a capacidade sentir a dor do nosso semelhante e daqueles que são diferentes de nós. Voltemos a sonhar com um mundo onde a vida humana valha mais que um dólar e a natureza faça parte de nós assim como fazemos parte dela. Um mundo menos capitalista, mais humano, solidário. Com tecnologias acessíveis, baratas, salvando vidas, integrando, agregando, aproximando humanidade de si mesma e dos demais seres vivos. Qualificando. Humanizando.

Um mundo menos capitalista, mais humanista.


Rafael Galvão
Homem simples do povo.
Demasiadamente, humano



Nenhum comentário:

Postar um comentário