domingo, 13 de março de 2016

13/03 análise conjuntural, Brasília

À direita no DF aprendeu a se mobilizar, fazer composição de grupo, articular nas agendas populares, passaram a manhã toda na feira do Guará e dos Importados convocando as pessoas, carros de som em todas as cidades satélites, mandatos parlamentares e ex-Deputados mobilizando tropas, clacks, assossiações de moradores, estudantes em faculdades (talvez a maior aberração deste movimento, mas, legitimamente democrático e real). Acumulando força, estrutura, carros de som, faixas, outdoors, placas, panfletos, esteio e cobertura para receber figuras nacionais importantes que representam seus anseios e mesmo não concordando, chamam a atenção da população pela radicalidade do discurso como Bolsonaro e Malafaia, este último mobiliza parte da igreja que dialoga com diversos setores de Brasília. A igreja não vive isolada, ela tem projetos sociais, grupos de teatro, times de futebol amador, clínicas de recuperação, grupos de dança, tudo isso se multiplica em relacionamento e mobilização. Em Brasília fizeram o dever de casa, não é a maior manifestação de todos os tempos, mas, foi representativa, declarativa, programática e composta por sinais importantes que precisam ser lidos sem paixões! Como saldo importante a esquerda ficou claro que o desgaste do ambiente político nacional como um todo é ainda maior do que o desgaste do PT ou da Dilma simplesmente, porém, eles jogam esta narrativa para acumular forças entre a direita, extremos, apartidários, descontentes, desinformados, baladeiros e replicadores. 
De certo, toda essa massa que fora às ruas hoje chegaram a 5% da população do DF, significativo e representativo, em nenhum outro Estado à direita alcançou essa representatividade, podem estar bem mobilizados, mas, não existe clima de acumular forças localizadas para uma disputa mais sólida, com exceção do DF e de SP.

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