sábado, 7 de dezembro de 2013

Sábado, 30 de novembro de 2013.

O tempo relativo da vida muda conforme nossas experiências e sensações do dia, o prazer ou desanimo refletem em nossa percepção de velocidade do próprio tempo. O tempo real da vida é estático, imutável, cronometrado e não se altera com o clima, sensação ou qualquer acontecimento. A idéia do dia passar rápido ou o próprio tempo demorar a passar, mesmo os segundos e minutos serem os mesmos, vem da nossa dinâmica de sentimentos construídos ao decorrer do dia. 
Este pensamento é reflexo de uma experiência simples, que trouxe à tona "necessidades", a junção de acontecimentos, sensações e sentimentos provocados por um ato, caminhar na chuva! Observar as primeiras gotas caindo nas flores, árvores, grama e ao chão, aves buscando abrigo pelo caminho vazio e sem obstáculos, conforme o clima altera o percurso do ambiente é possível perceber também mudança no cheiro, conforme as gotas aumentam, se fecharmos os olhos é provável resgatarmos lembranças deste cheiro da chuva na grama que se molha, da árvore que intensifica seu aroma, na terra, neste momento já possível sentir o gosto, a água do céu limpando o caminho, molhando o rosto, o cabelo, a roupa, com a chuva mais grossa qualquer um fecha os olhos e abre a boca. De repente crianças correndo, descalças, apostando quem chega primeiro em um lugar pra se esconder da chuva, mesmo todos molhados e sentindo a graça da chuva, este momento descreve qualquer cena, seja de um filme ou lembranças do passado recente ou longínquo. A chuva em si é água que cai do céu com explicações cientificas definidas, todo o contexto é que trás sensações, sentimentos e reflexão, observar a simplicidade da chuva carregada de cheiro, gosto, sons explica todo o resto. No final de tudo ainda molhado, ainda chovendo percebi que estava cego, surdo e sem condições de sentir o verdadeiro gosto das coisas e a água que caia do céu me lavou, me limpou, me fez ver e ouvir, me encontrei novamente no lugar aonde sou mais feliz, obrigado Pai! Eu te amo.

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